Há 02 anos eu solicitei uma bolsa de estudos em Portugal, já tinha até perdido as esperanças quando em uma manhã quente de sexta feira recebi um envelope com o selo da universidade de Coimbra.
Sorri e pulei desesperadamente. Finalmente meu pedido foi atendido e eu realizaria o meu sonho de estudar Direito em uma universidade de tamanho conceito como a de Coimbra.
Peguei o telefone e logo liguei para minha mãe contei a notícia; eu não sabia se sorria ou se chorava. Uma alegria imensa tomou conta de mim.
Interrompi a leitura do código civil e o leite que estava tomando e comecei a sonhar a realidade que agora me esperava.
Imaginei-me comprando a passagem, tomando o avião, pousando em Coimbra.
Ouvi os meus passos pelos corredores procurando a sala do curso de Direito.
Mas o que mais me traria lágrimas eu desconhecia naquele momento.
Quando eu solicitei a bolsa há 02 anos atrás, a minha vida era simples, sem amor e sem emoção. Nada para mim tinha tanto valor que pudesse me impedir de viver uma experiência fora do meu berço.
Eu poderia voar livremente, nada temendo.
Quando a carta chegou muita coisa tinha mudado. Há 01 ano eu tinha descoberto o que é viver quando em um lugar informal eu encontrei o rapaz que para sempre estaria comigo, pelo menos dentro do meu coração.
Nosso destino não estava traçado, mas a vida me ofereceu a oportunidade de amá-lo e eu não pensei duas vezes e aceitei o convite.
Ele é o amor que eu levaria por toda vida. Mesmo depois de casada com um outro homem, mesmo após 50 anos eu me lembraria dele.
Lembraria dele todos os dias, pois ele era o amor que eu escolhi para mim.
E agora eu tinha que decidir ir e viver meu sonho e deixar o meu amor aqui.
Fiquei a pensar que se talvez ele soubesse logo que fui aceita me pediria em casamento e iria junto comigo.
Gostaria que essa possibilidade fosse real.
Talvez ele descobrisse que me ama e temesse que eu fosse e quando voltasse depois de 5 anos não teríamos mais tempo para viver o nosso amor.
Mas todas essas possibilidades eram frutos da ilusão de uma garota que ama. Nenhuma delas poderia acontecer porque ele era o meu amor e não eu era o amor dele.
Então eu teria que partir e perderia a oportunidade de vê-lo todos os dias no ponto de ônibus, não teria mais o prazer de ir ao cinema ou até mesmo tê-lo por perto para um almoço e filmes.
Eu tinha que dar a resposta em duas semanas e sofria a cada minuto que se passava.
Decidi então me abrir para o meu rapaz.
Contei tudo o que aconteceu e em tamanha agonia confessei que ainda o amava e que não saberia como seria viver sem poder estar ao seu lado.
Falei abertamente sobre os meus sentimentos e pedi que ele me deixasse partir nessa viagem conhecendo o gosto do seu beijo.
Beijo que por vezes desejei receber, beijo que intencionei roubar mais o bom comportamento privaram-me.
Pedi a ele que não me interrompesse e comecei a expor ali tudo o que eu sentia.
Eu sabia que eu poderia ser sempre dele. Eu sonhava em acordar ao seu lado todos os dias. Desejava abraçá-lo todas as manhãs após fazer o seu café da manhã e beijá-lo na garagem.
Mesmo depois que decidimos não mais tocar no assunto eu ainda me pegava por várias vezes pensando como poderia ser a emoção de ser amada por ele.
Ele que estava presente em todos os momentos. Através das canções, do canto dos pássaros, dos filmes que eu via na tv. Eu não tinha prazer em viver outra história se ele não fizesse parte.
Por anos estive só, guardando-me para o amor da minha vida e depois que eu o conheci eu sentia que ele seria esse amor.
O tempo passou e eu não estava preparada para amar um outro alguém. Ele era o meu último romance.
Ali na cafeteria da cidade onde nós marcamos o nosso primeiro encontro eu contei em minúcias tudo o que eu estava sentido.
Eu sentia-me envergonhada, afinal, eu sabia a razão pela qual eu havia marcado aquele encontro.
Eu queria beijá-lo e carregar em minha memória e conservar nos meus lábios aquele nosso momento.
Sabia que após o beijo não conseguiria olhar nos olhos dele. Eu estaria imersa em tamanha felicidade.
Após ter confessado a ele tudo o que me ocorria me senti mais leve, sensação de dever cumprido. Porém ele não tinha dado até então nenhuma palavra, não expressava nenhum sentimento.
Diante de tamanha inércia eu senti-me constrangida e levantei, pedi desculpas e saí da cafeteria caminhando em direção ao parque.
Foi difícil aquele momento, talvez tivesse sido melhor partir sem contar-lhe nada.
Caminhei a longos passos sem olhar para trás até que sentei no banco que fica em frente ao chafariz onde algumas pessoas jogam moedas para realizarem seus desejos.
Coloquei a mão no bolso do sobretudo marrom e tirei uma moeda e como todos os que estavam ali, lancei nas águas.
Ainda sentada, senti uma mão sobre os meus ombros, levantei e olhei, quando fui pronunciar-me ele colocou o seu dedo indicado em meus lábios me impedindo de falar e me beijou.
Foi como se todos ficassem imóveis e ali naquela praça só estivesse eu e ele.
Ele começou a me falar dos seus medos e de sua vontade de também viver o nosso amor.
Sem muito que falar, pegou em minhas mãos e me convidou a caminhar.
10 dias depois o meu avião partiria e eu estaria deixando o homem que eu escolhi para ser meu eterno amante.
Eu o havia escolhido para entregar algo que eu guardava de mais precioso.
Eu poderia conhecer outros garotos, mas depois dele nada seria igual. Ele não foi mais um amor e romance, ele foi o meu amor com o qual eu vivi o meu último romance.
Sorri e pulei desesperadamente. Finalmente meu pedido foi atendido e eu realizaria o meu sonho de estudar Direito em uma universidade de tamanho conceito como a de Coimbra.
Peguei o telefone e logo liguei para minha mãe contei a notícia; eu não sabia se sorria ou se chorava. Uma alegria imensa tomou conta de mim.
Interrompi a leitura do código civil e o leite que estava tomando e comecei a sonhar a realidade que agora me esperava.
Imaginei-me comprando a passagem, tomando o avião, pousando em Coimbra.
Ouvi os meus passos pelos corredores procurando a sala do curso de Direito.
Mas o que mais me traria lágrimas eu desconhecia naquele momento.
Quando eu solicitei a bolsa há 02 anos atrás, a minha vida era simples, sem amor e sem emoção. Nada para mim tinha tanto valor que pudesse me impedir de viver uma experiência fora do meu berço.
Eu poderia voar livremente, nada temendo.
Quando a carta chegou muita coisa tinha mudado. Há 01 ano eu tinha descoberto o que é viver quando em um lugar informal eu encontrei o rapaz que para sempre estaria comigo, pelo menos dentro do meu coração.
Nosso destino não estava traçado, mas a vida me ofereceu a oportunidade de amá-lo e eu não pensei duas vezes e aceitei o convite.
Ele é o amor que eu levaria por toda vida. Mesmo depois de casada com um outro homem, mesmo após 50 anos eu me lembraria dele.
Lembraria dele todos os dias, pois ele era o amor que eu escolhi para mim.
E agora eu tinha que decidir ir e viver meu sonho e deixar o meu amor aqui.
Fiquei a pensar que se talvez ele soubesse logo que fui aceita me pediria em casamento e iria junto comigo.
Gostaria que essa possibilidade fosse real.
Talvez ele descobrisse que me ama e temesse que eu fosse e quando voltasse depois de 5 anos não teríamos mais tempo para viver o nosso amor.
Mas todas essas possibilidades eram frutos da ilusão de uma garota que ama. Nenhuma delas poderia acontecer porque ele era o meu amor e não eu era o amor dele.
Então eu teria que partir e perderia a oportunidade de vê-lo todos os dias no ponto de ônibus, não teria mais o prazer de ir ao cinema ou até mesmo tê-lo por perto para um almoço e filmes.
Eu tinha que dar a resposta em duas semanas e sofria a cada minuto que se passava.
Decidi então me abrir para o meu rapaz.
Contei tudo o que aconteceu e em tamanha agonia confessei que ainda o amava e que não saberia como seria viver sem poder estar ao seu lado.
Falei abertamente sobre os meus sentimentos e pedi que ele me deixasse partir nessa viagem conhecendo o gosto do seu beijo.
Beijo que por vezes desejei receber, beijo que intencionei roubar mais o bom comportamento privaram-me.
Pedi a ele que não me interrompesse e comecei a expor ali tudo o que eu sentia.
Eu sabia que eu poderia ser sempre dele. Eu sonhava em acordar ao seu lado todos os dias. Desejava abraçá-lo todas as manhãs após fazer o seu café da manhã e beijá-lo na garagem.
Mesmo depois que decidimos não mais tocar no assunto eu ainda me pegava por várias vezes pensando como poderia ser a emoção de ser amada por ele.
Ele que estava presente em todos os momentos. Através das canções, do canto dos pássaros, dos filmes que eu via na tv. Eu não tinha prazer em viver outra história se ele não fizesse parte.
Por anos estive só, guardando-me para o amor da minha vida e depois que eu o conheci eu sentia que ele seria esse amor.
O tempo passou e eu não estava preparada para amar um outro alguém. Ele era o meu último romance.
Ali na cafeteria da cidade onde nós marcamos o nosso primeiro encontro eu contei em minúcias tudo o que eu estava sentido.
Eu sentia-me envergonhada, afinal, eu sabia a razão pela qual eu havia marcado aquele encontro.
Eu queria beijá-lo e carregar em minha memória e conservar nos meus lábios aquele nosso momento.
Sabia que após o beijo não conseguiria olhar nos olhos dele. Eu estaria imersa em tamanha felicidade.
Após ter confessado a ele tudo o que me ocorria me senti mais leve, sensação de dever cumprido. Porém ele não tinha dado até então nenhuma palavra, não expressava nenhum sentimento.
Diante de tamanha inércia eu senti-me constrangida e levantei, pedi desculpas e saí da cafeteria caminhando em direção ao parque.
Foi difícil aquele momento, talvez tivesse sido melhor partir sem contar-lhe nada.
Caminhei a longos passos sem olhar para trás até que sentei no banco que fica em frente ao chafariz onde algumas pessoas jogam moedas para realizarem seus desejos.
Coloquei a mão no bolso do sobretudo marrom e tirei uma moeda e como todos os que estavam ali, lancei nas águas.
Ainda sentada, senti uma mão sobre os meus ombros, levantei e olhei, quando fui pronunciar-me ele colocou o seu dedo indicado em meus lábios me impedindo de falar e me beijou.
Foi como se todos ficassem imóveis e ali naquela praça só estivesse eu e ele.
Ele começou a me falar dos seus medos e de sua vontade de também viver o nosso amor.
Sem muito que falar, pegou em minhas mãos e me convidou a caminhar.
10 dias depois o meu avião partiria e eu estaria deixando o homem que eu escolhi para ser meu eterno amante.
Eu o havia escolhido para entregar algo que eu guardava de mais precioso.
Eu poderia conhecer outros garotos, mas depois dele nada seria igual. Ele não foi mais um amor e romance, ele foi o meu amor com o qual eu vivi o meu último romance.
4 xícaras:
Que ele seja o seu eterno alguém. Uma pessoa que você sempre lembrará com carinho e sempre surgirá um sorriso em seus lábios ao fazer isso. Que amor lindo, esse seu. Bem que esse homem poderia viver esse amor, e mergulhar no mundo dos sonhos que você criou. Seria fantástico.
Que ele não seja seu último romance, mas que seja "o" romance. Único. Perfeito. Marcante.
Mergulhe nos sonhos. Não precisamos pagar, e eles nos fazem bem.
Te amo!
Menina mulher.
Lindissimo seu texto! Ninguém leva um amor pra toda a vida sem escolha. Escolhe-se amar alguem pra sempre, ou não.
;)
preciso de terapia.
:S
O amor que eu guardei para ninguém latejou dolorido quando li:
"Eu sabia que eu poderia ser sempre dele."
Ma-ra-vi-lho-so... uma simplicidade de palavras que é convertida, paradoxalmente, em profundidade de sentimento. Perfeito, perfeito. Ser capaz de transmitir todos esses sentimentos com escolhidas palavras é uma obra de arte. Mesmo. Meus sinceros parabéns.
Vou pegar uma moedinha na minha jaqueta e jogar na fonte, pedindo para conseguir transcrever sentimentos tão bem quanto você =).
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