terça-feira, 25 de novembro de 2008

Raízes




É o dia em que minha câmera fotográfica sai do guarda-roupas e as pilhas caminham voluntariamente para a tomada. Novas fotos, poses, cenários e inspirações. Criatividade.
Novas cordas no meu violão, novas cifras, outras canções. Um dedilhado e uma batida diferente. Outros tons. Vizinhos como espectadores. Moedas no meu chapéu imaginário. Banquinho novo da próxima vez, quem sabe? Aplausos não fazem parte desse show, apenas os rostos desejando um pouco mais. Voltei!
Um filme na TV da sala. Cinema na quarta à tarde. Entradas colecionadas na caixinha do ármario. Qual é o próximo lançamento? Pipoca e milk-shake, sanduíche e suco de laranja.
Show gratuito no parque da cidade. Domingo de manhã. Sol que arde meu juízo. Quanta fome!
Los Hermanos no rádio. Luzes apagadas a noite. Eu, o chuveiro e minha platéia. Conversas em esquinas, em apartamentos, em pontos de ônibus, no pátio do meu prédio. Bilhetes à mão presos em clipes coloridos. Horas no telefone. Horas rindo. Horas chorando. Horas dormindo. Horas lendo.
Pode chover ou fazer sol. Hoje vou sair pelado e caminhar duas milhas. Se você for comigo prometo caminhar o dobro... e algumas dúzias de risos e fotografias.

2 xícaras:

A Maya disse...

Seu texto é um convite para a vida.
E faz parte da gente (re)conhecer vida em quem sabe viver.

Anônimo disse...

Reconheço esses sintomas. Nos próximos 03 meses essa será a sua história.