O trem chegou e pela primeira eu me vi em seus olhos; ali estava ele, sorrindo e segurando na mãos o endereço da minha casa. Tínhamos combinado que ele me procuraria, mas eu não resisti. Por 15 meses nos correspondemos por cartas. Nelas os versos mais nobres, senso refinado, palavras sensatas e moderadas conforme tinhamos combinado.
Nos retiramos da estação e caminhamos até o ponto de táxi, chovia. Ele cobriu-me com seu sobretudo e colocou um dos braços sobre as minhas costas, senti-me segura. Em nosso passos continha harmonia, nunca andamos juntos, mas era pé após pé em uma estrada que se tornaria longa em um caminho seguro, ele estava comigo. Lembro-me das mãos delicadas sobre os meus ombros, aquecia-me no último dia de inverno pois a primavera se aproximava e as flores já aromatizavam o perfume que faria parte da nossa história.
Eu quis fazer uma surpresa e vesti a camiseta que ele me deu no dia do meu aniversário, ao me ver, ele sorriu com ternura a que jamais tinha presenciado.
Eu quis fazer uma surpresa e vesti a camiseta que ele me deu no dia do meu aniversário, ao me ver, ele sorriu com ternura a que jamais tinha presenciado.
Pegamos o táxi, já sentados no banco de trás daquele automóvel amarelo, ele pôde acariciar o meu rosto e beijar os meus olhos; ele tinha me prometido que faria isso. Colocou-me frente a ele e segurando em minha cintura beijou-me os lábios. Foi o beijo mais doce que recebi.
Voltei ao tempo e lembrei que nos meus sonhos eu tinha vivido aquele momento que agora se realizava. Ele finalmente saiu das cartas e dos meus sonhos.
Durante os 15 meses trocamos fotos, presentes, versos e sonhos mas agora estavamos nos preparando para vivemos juntos por toda nossa vida.
Pegando a minha mão, a beijo e colocou em meu dedo anelar um anel feito de palha, no momento não entendi o porque colocava aquele anel em meu dedo mas logo veio a minha memória a carta que ele me escreveu no mês nove. Nela ele dizia que estava passeando no parque vendo a chuva dar vida as flores e os passáros a cantar, sentou-se no banco que ficava embaixo do quiosque e achou umas palhas secas, ali olhou para o céu azul e viu-me dançando na chuva, conteplando a minha dança começou a dar forma a palha e quando caiu em si tinha feito um anel.
Ele nunca tinha me visto, mas tinha certeza que o anel era a medida certa do meu dedo, por isso guardou em seu bolso e esperou para guardar para sempre em meu dedo.
Finalmente o táxi chegou no seu destino. Ele abriu a janela e olhou para o alto, diz que sentiu o perfume da planta que estava na janela no meu andar. Pegando o meu endereço no seu bolso, olhou para os lados, de um lado estava a livraria, do outro o prédio 789 com parede azul. Disse: cheguei!
Convidei-0 a entrar, ele tirou o sobretudo que havia colocado para me proteger e o guardou atrás da porta. Eu o levei até o quarto para que ele pudesse trocar aquela roupa molhada. Enquanto ele se trocava eu preparava o capuchinho de creme que ele adorava. Contou-me por carta.
Ele dirigiu-se até a parede onde eu estava as prateleiras que continha os meus filmes. Fechando os olhos com o dedo indicador escolheu.
O capuchinho estava pronto, ainda chovia. Sentamos no sofá. Coloquei as minhas pernas sobre as dele e conversamos sobre os 15 meses de cartas, prosas e versos. Agora era olhos nos olhos, corpo no corpo e lábios colados. Queríamos assistir o filme que estava em suas mãos, porém a vontade de se olhar e de se ter era tanta que não resistimos e nos entregamos um ao outro. Foi mágico, foi lindo, foi perfeito e sublime. Era o nosso momento, era a nossa história de amor.
4 xícaras:
Amada,
ler tuas palavras a descrever tais momentos ouvindo a nossa música foi de arrancar-me lágrimas dos olhos. Sinto tua falta. O teu perfume, o teu toque, o gosto do teu beijo e o brilho do teu olhar ainda carrego comigo.
Come away with me in the night
come away with me
Amo-te incondicionalmente,
o amado.
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Pura poesia este teu texto, hein, Petruska! Tô boquiaberto do lado de cá!
beijos, beijos
vO momento que descrevi para mim tornou-se inoxidável. Ainda bem que não foi um sonho como nas outras vezes.
E que a nossa música possa embalar nosso caminhar seguro.
Come away with me in the night
come away with me
Gostei do final...
Romântica você moça...
Isso é reflexo do que é vivido ou é anseio por viver? rs
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