quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Nós dois


Há um tempo havia decidido deixar a porta entreaberta; deitava-me sobre o tapete das lembranças e esperava ansiosa o momento em que ele viria.Ouvi a chuva a cair sobre o chão e os passos leves a caminhar sobre a entrada de casa; ele estava chegando. Na porta, um quadro o saudava com um Bem Vindo. Os pingos da chuva sobre o seu rosto, sua respiração ofegante e sua roupa molhada denunciava que ele não havia ao menos esperado a chuva parar; demonstrou com seu beijo em meu rosto que veio correndo ao meu encontro, não queria me fazer esperar mais por ele.
Inundada de amor e sensibilidade, enxuguei o seu rosto molhado e beijei levemente os seus lábios; foi para mim o momento único. Naquele momento passava valer a pena toda espera, dedicação e fidelidade; eu sabia que um dia encontraria o meu amor.
Nas suas mãos estava uma rosa que ele havia roubado do jardim da casa ao lado; ele era um tanto quanto desligado mas não deixaria que o nosso encontro fosse sem uma flor.
Com o sorriso estampado no rosto fazia desaparecer a escuridão dos meus olhos e abria o caminho da nossa nova estrada. Sua delicadeza, amabilidade e sensibilidade atraía-me a entrega sem reservas.
Depois de tantos desencontros, ilusões e falsas esperanças eu estava sorrindo mais uma vez; sua chegada em minha vida me fazia bem.
Decidimos ficar ali deitados naquele tapete, vivendo os nossos sonhos e armazenando em nossos corações as nossas esperanças.
A partir daquele momento eu passei a conhecer o verdadeiro amor.

2 xícaras:

Unknown disse...

Lindaaaaaaaaaaaaaaa!!!

Renato Ziggy disse...

Ded, muito bom seu jeito de narrar os fatos e como estes afetam a personagem. Beijo procê, mainha!