Já não sei mais sobre o que você fala, é que a indecência já possuiu minha mente. Seus pensamentos são cerejas escarlates,viçosas e suculentas. No mover dos seus lábios não há ruídos só enxergo o passeio intinerante da sua língua encharcada e embebida. Tento abaixar a cabeça e me recompôr, mas é em vão, suas curvas são doces feito mel, suaves como vinho.
Estou fora de mim e em poucos segundos me vejo decorando cada traço seu, com apenas um dedo percorro toda essa trilha de pura atração física. Meu rosto entra em ebulição, preciso me controlar e voltar ao nosso diálogo! Mas é inevitável, ergo minha cabeça e vejo seus cabelo tão negros e soltos. Seus cachos sorriem e convidam minhas mãos para se perderem nessa escuridão. Eu quero suas mãos em minha face, minhas mãos em sua cintura. Quero palavras estiradas em meus ouvidos e sussurros escaldantes.
O que me resta são pedidos de desculpa, desculpa pelo bom caráter.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
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3 xícaras:
O tão amargo e doce gosto do desejo não realizado... já nem sei mais quantas vezes tive esse gostinho na boca...
Gostei do desfecho "desculpa pelo bom caráter". Se a função de um pedido de desculpas é ausentar a culpa de alguém, então, ele está empregado na melhor situação.
É sempre bom ler algo que é fiel ao que se sente - ou pelo menos luta para ser fiel. Fazer linhas e parágrafos de sentimentos que duraram talvez menos que isso e que foram se intensificando, se transformando em "desejo, vontade, necessidade, desejo". A foto, então, deu um toque delicadíssimo. Eu, cá por mim, não sei se é a mão delicada que segura a taça, ou se é a taça que segura a mulher.
(Sei que seria mais educado fazer o pedido, mas coloquei o "caffe au leit" na minh lista, para eu saborear nas tardes nubladas com um cream craker)
Ah, obrigada pela visita. =)
"O que me resta são pedidos de desculpa, desculpa pelo bom caráter."
Pois é. Eu também faço esses pedidos de desculpa vez ou outra. Esse tal de bom caráter, a consciência, o juízo de valor ou sei lá o que me barram... Mas o fato é que dá vontade às vezes de me travestir de um cara sacana, assim, meio canalha, e realmente tocar as curvas não somente com os olhos, mas com todo o corpo.
Eh, Will, é a vida... ohohoho! Abraço!
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