terça-feira, 27 de outubro de 2009

Os Dois Lados


Acordei e te vi ao meu lado, ainda dormindo e rindo. Meu peito se encheu de uma felicidade estonteante, pensei até não haver lugar para tanta! Ainda te observando dormir, lembrei de quando tudo começou: uma foto, conversas on line, incerteza. Lembrei do primeiro encontro, das tolices ditas, das gargalhadas e de como eu me encantava a cada dia. Inútil tentar fugir, era o que eu pensava. E agora estou aqui te vendo ao meu lado, em seu sono infantil.

Eu nem sequer acordei. Eu te vi em sonhos. Você vinha em passos firmes e parecia cumprir uma promessa de tempos; pôr uma porta abaixo. Veio com algo nas mãos, era uma semente. Você se pôs em mim e tratou de regar. Eu não percebi e você já estava frutífera, povoando todo que me diz respeito.

Em pouco tempo eu descobri que eu te adoro. Adoro as coisas que você fala, que você faz, que você pensa. Adoro em todos os sentidos da palavra. No começo foi difícil entender de onde vinha tanto desejo, tanto carinho. Ainda hoje não tenho essa resposta, mas já não tento entender e apenas sinto. E assim vivo te adorando.

Em uma nota eu percebi que te canto, que te toco. Invoco-te. Em uma cor, eu te pinto e você se faz aquarela. Eu te decoro do início ao fim, de pronto ao avesso. Você se faz viva e eu te reconheço no horizonte; teu riso que não se põe, teus cabelos de brilhos eternos e teus olhos de mar. Responda-me, se você pode, minha pequena, de onde vez tanto frescor? De onde vem tanto sabor? De onde veio você?

E não canso de me encantar por tudo o que é você. E não me canso de adorar tudo o que é você. Seu cheirinho matinal de algo que não sei identificar, seus olhos inocentes que me fitam e paralisam, seu sorriso largo e calmo. Até mesmo quando você ri das minhas manias, eu te adoro.

Meu peito e essas manias aprendidas não sei em qual canto e não sei como. É um batucar de cá, um sambar de lá tal nome que não ouso falar pelo poder que tem. É com essas manias que ele me deixa tonto sem saber onde pisar. É desse jeito que ele me convence de coisas que não sei nomear, e não ousaria dizer pelo significado que tem. Mas não nego que reconheço seu nome, quando em estrofe curta eu ouço ele sussurrar. Carol. Seu nome em brisa, em fogo, em tempestade.

Não faço versos tão bonitos, mas te adoro. E te adorando eu respiro tua alma, teu riso, tuas mãos e pés, teus olhos e cabelo. É algo que só cresce. Algo que me enternece, me contagia e me faz flutuar, saltitando. E eu me faço toda tua, sem restrições. Eu te adoro em mim.

Eu já não sei escrever só o meu nome... Nem só a minha história. Sei escrever-nos, em pontas de pena no pergaminho de tua pele.


Texto escrito em parceria por Carol e William


2 xícaras:

Caroline Fortunato disse...

Own, meu Deus!! Ninguém gostou do seu textinho, amor! Eu amei, é bem verdade. Mas para não dizer que não comentei nem acrescentei nada de bom às suas palavras, lá vai:
"Texto cifrado pode ser lido sem nenhum problema. Se é segredo delete-o. Caiu na rede é peixe!" Hiihihihi...


Beijooo!

Talita disse...

eu gostay!