Eu ainda tento me recompor ao pensar em suas mãos apoiadas em meu tórax e no seu corpo repousando sobre o meu, um repouso dinâmico. Uma contradição que só você sabe ser, que só você sabe causar. De espanto e prazer, medo e confiança.
“Não tenha medo”. É o que você me diz. É o que você sabe dizer. O faz com uma doçura que aprendeu consigo mesma. Numa destreza que é só sua, me olhando com ternura de uma flor e com a eficiência de um guerreiro você desvenda minha alma, transpassando-a feito lâmina me expondo sem saber, minhas luzes, trevas e cicratrizes. Você já me conhece sem saber. Eu já sou seu despojo, seu carinho, seu companheiro, seu amor.
Você entrou aqui com aquele vestido violeta-desbotado, sem alça. Com a confiança no seu sorriso constante, coragem sobre os ombros expostos, intrepidez nos olhos alvos e uma experiência no compasso dos pés que você faz questão de esconder.
E eu que nada sei sobre isso tudo. Um menino leigo completamente ignorante. Só me faça deitar no seu corpo quente e escorregadio. Enquanto eu ouço o seu melhor verso de hoje; “Não tenha medo”.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Mais do que Palavras
Na noite de vinte e um de Dezembro como quase sempre fazia, ela pôs a mesa apenas para duas pessoas, sentada na mesa balança os pezinhos e cantava com ele com voz estridente, prontos para as conversas intermináveis. Para ela, não havia maior prazer na vida do que ficar ali, junto ao lado dele, com o seu rosto tão perto, passando o dedo na pele gostosa e macia, desenhando as covinhas. Ele tinha os cílios mais lindos. Nariz fino e um queixo bem bonito. Ele era lindo.
Costumavam brindar em todos os momentos, celebravam sempre o porquê de estarem juntos. Ele sempre muito agradável a cubria de beijos por todo o corpo, ela timida, apenas sorria; exploravam os seus corpos prestando atenção em todos os detalhes. Durante a madrugada em meio a lençóis entre beijos e respiração ofegante faziam juras de amor, diziam palavras doces enquanto abraçados tocavam-se delicadamente.Os dois respiravam.
No canto esquerdo da sala, a árvore de Natal com apenas dois presentes, decidiram que naquele ano não seriam previsiveis e prometaram surpresas ao abrir o embrulo. Ao amanhecer ele a cobria de mais beijos , mas agora com gosto de cerejas suculentas, pedindo que fechasse os olhos a conduziu até a cozinha. Eram apenas dois jovens descobrindo o amor. A maneira que ele a acariciava a deixava sensível e ao mesmo tempo ofegante, transpirando.
Seus dedos desenhando os seus seios, suas mãos passeando entre os fios de seu cabelo, ele sabia como fazê-la mulher e desejada. Nunca antes havia sentido as sensações daquela noite, a maneira como ele a beijava, fazendo-lhe esquecer do limitado lugar onde estavam.
Não haviam se despedido e já esperam ansiosamente o momento em que estariam juntos novamente e se esqueceriam do mundo lá fora.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
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