quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Coisa e tal
O som ainda é o mesmo, as notas mudaram , porém a canção ainda é latente. Após um tempo juntos, fui aprendendo a dançar a sua música e a arrastar os meus pequenos dedos de unhas compridas nas notas de pestana do seu violão. O tempo passou e estamos aqui cantando. Guardo e ainda ouço os momentos de Temperos & Destemperos da sua vida e uma parte que estive do seu lado. Olho para a prateleira e vejos os vídeos, os filmes. Acesso a caixa de memória fotográfica e lembro de todos os momentos que estivemos juntos. Do primeiro ao último encontro. De vê-lo encostado no carro com um calça jeans, uma allstar e uma camisa manga 3/4 listrada a camisa vermelha e short branco e havaianas nos pés esperando eu chegar para compartilhamos a sua viagem. Poder olhar para trás ver o ano que se passou, o quanto aprendemos juntos, sorrismos, expressamos solitude, tristeza, desânimo mas sem nunca desisti. Da pizza de frango com suco de laranja ao lache enorme do subway naquele sábado a noite. Das fotos sem sentido as fotos secretas. Das músicas cantadas, dos sentimentos expressados, do silêncio que fala. Da programação para o almoço, da lista de compras, do som alto na sala da casa, das facas, dos garfos, dos sabores, do gosto do vinho na taça de cristal. Eu lembro de todos esses momentos. Dos chocolates a a cada domigo, dos e-mails longos, das músicas apresentadas, do Urso de Pelúcia, da troca de presentes. Da saudade ao partir, do tchau ao telefone do acenar de mãos ao entrar no ônibus e das ligações comunicando a chegada, tudo isso ainda é muito latente em minha memória. Das lágrimas, dos risos, das dores, dos amores. Um ano se passou e estamos aqui, fortes, amavéis, amigos, amores. E nao apenas um ano que marca o momento em que nos conhecemos, mas o saber que um dia após você estaria soprando teoricamente mais uma vela. Olhar para o passado nao tão distante e ver que você foi o melhor presente que pude receber no ano de 2008. Saber que chegamos até aqui e que pela primeira vez posso lhe desejar um feliz aniversário, e nao apenas isso; estar ao lado do meu melhor amigo no dia que ele perde um ano de vida nesse mundo. Existem canções que me lembram você; canções que deixei de escutar e canções que quando te sinto distante faço tocar. Sinto-me honrada por ter recebido a graça de poder ser a sua amiga e tê-lo com meu amigo. E nao apenas por isso, mas por estamos geograficamente tao pertos; de poder ver quando dá saudade, de lamentar porque nos veremos quando estamos chateados, de poder ligar e gastar horas ao telefone sabendo que está ali, logo à frente. Enquanto escrevo essas palavras sem usar de rascunho lembro-me das vezes que estivemos juntos. Tanto do dia 21.01.09 o mais recente quando o dia 29.01.08 naquela estação para irmos a livraria. Do primeiro presente que eu lhe dei, um livro de Dostoiévski. Poderia falar de todos os momentos que gozei do tempo ao lado do meu amigo que hoje completa mais um ano de vida e que me inspirou para escrever essas palavras; mas tudo o que se passou nao se compara ao que poderemos passar, sendo que se já te suportei por um ano, o resto é fichinha. Veio a minha memória as mensagens sem sentido no celular, as piadas, os trocadilhos, o ciume, foi tudo muito bom. As fotos, as caras e bocas. Os sermões de cuidado e expressão de carinho. O aniversário é seu, mas eu que me sinto agradecida por ter te conhecido e tê-lo como amigo e ser a sua amiga. Eu nao voltaria atrás para mudar nada, se o fizesse seria para reviver tudo. Hoje eu conheço você, sei os seus gostos, as suas preferências, sei o que nao aprecia. Conheco o seu ser sistemático. O gosto pelo arroz branco, a falta de preferência pelo macarrão. Pelo creme de leite, pelo suco ao invés do refrigerante. O seu gosto pela abóbora, o seu pavor de fruta com verduras. O seu gosto por filmes, o seu sarcamos, sua "intolerância" para com a indiferença. Nao que eu discorde ou que concorde, muito pelo contrário, feliz aniversário! Beijos, nao me liga!
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2 xícaras:
Esse aí é o Will. Um cara de humores estranhos, voláteis, baiano até falar chega. Um cara de firmezas, de mistérios, de bom caráter, de luz. Um cara marcado por Deus, ávido de asas, ávido de amor. Um cara dado ao sutil, à boa conversa e ao silêncio compartilhado. Um verso mudo que fala pelos cotovelos. Um tomate sem caroço pra não pegar apendicite. Um irmão precioso que me ensinou que o amor fraterno vai além de palavras, que se pode vivê-lo na pausa, na sensação do estar perto. Um irmão do qual me orgulho e pelo qual eu daria minha vida. Um irmão que eu vou guardar no lugar mais clichê e especial de todos os tempos: o lado esquerdo do peito. E eu nem tenho vergonha de repetir pela trocentésima vez que eu te amo em Cristo Jesus, maloy! Feliz aniversário! Beijos me liga, que eu tô sem crédito!
Ded, muito lindo esse seu gesto, seu amor, sua dedicação. Que Deus conserve esse seu jeito zeloso e sereno que me cativou. Te amo em Cristo! Seja luz sempre, pois as marcas de Cristo são o que há de melhor em você. Beijos me liga você também, meu dengo!
Sou eu quem recebo os presentes, e agradeço por eles. Agradeço a Deus por ter colocado vocês diante de mim, para me acompanharem, para zelarem por mim, para me ensinar e me exortar.
Débora, você sabe o quanto zelo pelas palavras escritas, e quanto as amo. E essa é, com certeza, uma das melhores formas de se expressar carinho e gratidão. Obrigado por pintar esse dia (22/01) com cores tão especiais e distintas. Eu lembro também, lembro de cada detalhe desse. E sei também da influencia que voce teve e ainda tem na minha vida.
Ziggy. Nuh, velho! Voce e essa mania de chegar e escrever dessa forma que nos atravessa alma. Que nos desnuda e nos faz sentir bem. Saber que voce me conhece sem mascaras, e me compreende assim mesmo. Obrigado pela aceitação. Nós é como a bunda mesmo, maloykero.
Beijos, tambemtosemcredito!
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